Associação hospitalar paga cota da prefeitura para compra de ultra-som
O aparelho de ultra-som recentemente adquirido pela Associação Hospitalar de Guabiruba foi o principal assunto na última sessão da câmara de vereadores. O presidente da associação, e vereador a partir de 2009, Matias Kohler, usou a tribuna da Casa do Povo para explicar aos vereadores como foi o processo de compra do equipamento. Diz Kohler que a associação precisou intervir de forma direta para concluir o pagamento, já que a prefeitura não apresentou a contrapartida.
Por meio de uma emenda parlamentar da Senadora Ideli Salvatti (PT). no ano passado, foi possível ter a liberação de R$ 50 mil para que a Associação Hospitalar investisse em qualquer equipamento hospitalar. A entidade optou pelo ultra-som, principalmente em função da grande demanda por exames no município. A cada mês são realizados cerca de 80 exames, via secretaria municipal de Saúde. Mas, até então, os pacientes precisavam ser remanejados para os hospitais da região.
Um acordo firmado o prefeito Orides Kormann (PMDB) garantiu que a prefeitura assumiria como contrapartida R$ 20 mil. Na época, o equipamento custava R$ 70 mil. Após o tramite de licitação entre julho e agosto deste ano, o pagamento do aparelho ficou para o dia 26 de setembro.
Porém, a prefeitura não tinha recursos para fazer o repasse, o que gerou uma situação constrangedora para a direção da Associação Hospitalar, uma vez que era véspera das eleições municipais. "Numa reta final de campanha, qualquer declaração poderia, quem sabe, interferir em um resultado. Sozinho, acabei optando por um empréstimo pessoal para cobrir a contrapartida da prefeitura e evitar que o nome da Associação fosse para protesto ou parar no Serasa", disse o empresário Matias Kohler.
Na manha desta quarta-feira (22), Matias Kolher e a secretária de Saúde de Guabiruba concederam uma entrevista coletiva à imprensa com a intenção de esclarecer o fato. O caso da contrapartida está resolvido.
A secretária Valquiria Kohlr disse acreditar "que podemos confiar na palavra do prefeito, que falou que vai ser pago e será pago". Ela destacou também que não foi possível fazer o pagamento da contrapartida devido ao ano eleitoral, onde haveria a necessidade de se criar um projeto de lei.
Existe uma lei que autoriza o poder público a repassar mensalmente R$ 10 mil para manutenção do hospital, mas não para a compra de equipamentos Ainda segundo Valquiria, o projeto de lei será encaminhado na próxima semana à câmara de vereadores.
A instalação do aparelho, mais a contratação da equipe médica responsável, será o próximo passo da secretaria de Saúde. Futuramente, o ultra-som será fixado no Posto de Atendimento 24 horas, que ainda não está finalizado. Por isso, é intenção da secretaria instalar o equipamento no posto de saúde da Guabiruba Sul até o final do ano.